Visto e "ouvisto"... LXIX

A ganapada pseudo liberal que nos governa deseja, com todas as suas forças, que as pessoas tenham liberdade de opção (sempre a bandeira da liberdade...) para que, através da livre concorrência entre o público e o privado, prognosticando (prognósticos só no fim do jogo) que os privados, gerindo sempre melhor, possam oferecer ao Povo essa sacrossanta e incensada liberdade de escolha com evidentes economias de escala!

Mas será mesmo assim?! Ora vejamos...

Na saúde o Estado através do SAMS, ADSE, Polícias, Magistrados, CTT's etc a financiarem os privados, em nome da liberdade, contra o Serviço Nacional de Saúde.

Na Educação o Governo a subsidiar colégios privados, em nome da liberdade contra o Ensino Público.

Na aposentadoria a banca com os PPR's, em nome da liberdade contra a Segurança Social..

O liberalismo deles consiste na sobrevivência dos privados a xuxarem no Estado.

Se é para livre concorrência... então que deixem de xuxar na teta do Estado! ... e vamos ver quem se aguenta!

Se estas actividades privadas dão lucro, porque bem geridas, então vamos para a concorrência pura e dura e cada um trata do seu quintalzito. Nada de subsídios à alegada competência e superioridade dos privados.

Se lhes cortarem a esmolinha não há hospital privado que se aguente, não há colégio que sobreviva, todavia (desta não nos safamos), teremos que voltar a pagar para que os bancos se endireitem (que é exactamente o que temos vindo a fazer desde há 3 anos... sim, porque isto já vem desde os governos socialistas!).

A banca, essa, nunca pode falir... pois não é uma fábrica de conservas, nem uma loja de felpos, nem nenhuma sapataria... e a tradição tem que ser o que era e há que conservar os Ulrich's (cheira a alemão), os Mellos (cheira a fabriqueta exploradora), os Espíririo Santo (cheira a igreja esmoleira), os Champalimaud's (cheira a cunhado dos Mellos), os dos Santos  (cheira a genocídio),  os Amorins (cheira a rolha bafienta) e os novatos merceeiros Alexandres e Belmiros...

A banca é a verdadeira Casa da Mariquinhas, a que dantes se chamava, com acerto, Casa de Penhores.

Visto isto deste modo, acho que não temos safa alguma.

O melhor é voltar a votar na rapaziada do Arco da Governação (gente crente e temente a deus), que ao menos sabemos quem nos lixa... e nos continuará a lixar!

Amen.