O Coliseu estava cheio para ouvir o Zeca. Falava-se que estava doente. Eu sabia.Muitos segredavam o nome da doença que o levaria aos poucos. Ele, um cinturão negro de judo.
Um braço ligeiramente descaído, uma mão sempre na algibeira, uma multidão aplaudindo uma vida, uma obra, um coração simples, e ele esperando para poder começar. A seu lado os que sempre o seguiram de perto.
O Zeca tinha vários tiques quando estava emocionado. Esperou, depois balbuciou vamos a isto e soltou a voz um pouco trémula.
"Do choupal até à lapa"...e por aí fora.
O nó da nossa garganta colectiva ia apertando quando ele passou por "minha mãe quando eu morrer"...
Receámos o momento. E ali estava . "Que eu não volto a cantar"
Havia lágrimas, muitas.Sabíamos que era verdade. E não voltou.
Tenho muitas saudades dele. Às vezes penso o que pensaria o ZECA de tudo isto, deste país desfigurado que não encontra o caminho das pedras...
7 comentários:
Que linda!!!
Parabéns!!!
Fico sem palavras perante tanto encanto!
Uma foto ÍMPAR.Com som e movimento!
A legenda , em total sintonia com a foto.
Parabéns Manel!
Beijinhos.
Obrigada por este bocadinho de Zeca!
:)
Obrigada!
Pela foto e pelo Zeca Afonso.
Um abraço :-)
Aqui ouve-se o cantar da água...
Lindo!
beijo
Suspirei amigo...pois é...pois é... e fazem tanta falta outros Zecas!!!
Dois em um e gostei imenso!
O Coliseu estava cheio para ouvir o Zeca.
Falava-se que estava doente. Eu sabia.Muitos segredavam o nome da doença que o levaria aos poucos. Ele, um cinturão negro de judo.
Um braço ligeiramente descaído, uma mão sempre na algibeira, uma multidão aplaudindo uma vida, uma obra, um coração simples, e ele esperando para poder começar. A seu lado os que sempre o seguiram de perto.
O Zeca tinha vários tiques quando estava emocionado.
Esperou, depois balbuciou vamos a isto e soltou a voz um pouco trémula.
"Do choupal até à lapa"...e por aí fora.
O nó da nossa garganta colectiva ia apertando quando ele passou por "minha mãe quando eu morrer"...
Receámos o momento. E ali estava .
"Que eu não volto a cantar"
Havia lágrimas, muitas.Sabíamos que era verdade.
E não voltou.
Tenho muitas saudades dele. Às vezes penso o que pensaria o ZECA de tudo isto, deste país desfigurado que não encontra o caminho das pedras...
Chorai chorai...
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