8.2.13

Ao correr da pena XIII

Entendo que pagarmos os nossos impostos é uma obrigação que decorre de uma atitude e de uma obrigação eticamente fundamentada.
Todavia há aqui uma ressalva importante a fazer: tem igualmente que haver por parte do recebedor do imposto, o Estado, um comportamento idêntico, sem o qual a obrigação que sobre nós recai deixa de ter sentido.
Ora este Estado não é uma pessoa de bem.
Alicia os contribuintes com migalhas, se exigirem facturas pelos serviços de que usufruem em determinadas áreas, como sejam a restauração, a reparação automóvel e os gabinetes de estética. Ora eu não embarco neste aliciamento/chantagem, sobretudo tendo em conta o impacto negativo [mais um] sobre o emprego que tal medida irá necessariamente ter como consequência.
Se eu visse que o dinheiro que nos é retirado era empregue na melhoria das condições gerais de vida de quem mais precisa, seria o primeiro a ter um comportamento diferente. Assim, não contem comigo para pedir facturas a quem luta por manter postos de trabalho e entregar, de mão beijada, esse dinheiro à banca e aos amigalhaços do regime.
A isto chama-se desobediência civil e direito à indignação, que exerço com toda a alegria e com o sentimento do cumprimento de um dever...

4 comentários:

Mona Lisa disse...

Mais uma desobediente!

Como o "falhanço" deve ser notório já ponderam criar uma lotaria...

Será que o Zé povinho "morde a isca"?

Beijos.

Fatyly disse...

Já ponderam a lotaria referida por Mona Lisa mas nem assim irão mudar a minha postura perante mais esta imbecilidade e continuarei desobediente.

Naná disse...

Mfc, compreendo a tua posição e rejo-me pelo mesmo princípio de desobediência civil que tu.

No entanto, deixa-me ressalvar o seguinte... se todos tivessem por hábito passar factura em vez de fazerem a perguntinha sacramental do "quer factura?", talvez não tivéssemos a economia paralela que temos... teríamos uma sociedade mais justa. Ou pelo menos quero acreditar que sim... se bem que tendo em conta que o Estado não é pessoa de bem, possivelmente termos uma economia paralela maior ou menor seria indiferente...

Elisa T. Campos disse...

Esse exercício do direito à indignação também também cumprimos aqui.

bjs