Sabemos que se trata de um cemitério, mas aquelas cruzes celtas são-nos um pouco estranhas. Olhamos para ele como algo...típico até, negando a ideia que ali jazem corpos. Só quando a ideia da morte nos é próxima é que nos perturba! Até na morte somos estranhamente egoístas!
8 comentários:
Sou, à semelhança da esmagadora maioria dos mortais, egoísta em muitos aspectos, mas não nesse sentido. Os cemitérios sempre me transmitiram um grande sentimento de respeito.
Hoje não concordo contigo.
Os cemitérios são um lugar muito calmo, com muita paz. E a idéia da morte não me perturba... perturba-me o sofrimento, isso sim. A morte, não.
Todos os círculos e os cruzamentos da vida, condensados, depois, numa cruz de paz, jaz...
Mas, a meu ver, são bastante esbeltas.
Conotações posteriores não as fazem desmerecer.
Um abraço
um acruz que às vezes carregamos todos os dias...
um bjo
há cemitérios lindos. eu nao sou gótica nem nada mas gosto de visitar alguns cemitérios.
A morte perturba-me sempre, mesmo quando a olho de fora, e eu tenho a sensação de a ter visto por dentro pelo menos uma vez.
Os cemitérios são aqueles locais onde se fala baixinho mesmo sem ser preciso e onde a introspecção toma conta dos olhares postos no chão. Se calhar, os cemitérios são uma espécie de ginásio da memória onde se exercitam emoções que devíamos deixar apanhar ar periodicamente contrariando o estranho egoísmo.
Uma coisa é certa, ficam bem na fotografia.
Chora-se o morto por sabe-lo privado de ver os pores-de-sol, de não poder sorrir e que lhe retirbuam, de não sentir a brisa de um fim de dia de Verão na cara, de não ver os filhos a crescer, ... mas também (egoisticamente?) da falta que nos vai fazer tantas vezes...
Enviar um comentário