Sobre a sessão de propaganda de hoje do Sr. 1º Ministro, algumas perplexidades:
1 - Há menos de 1 mês ouvimos constrangidos a homilia da desgraça do Ministro Bagão. Das duas uma:ou o Sr. Ministro das Finanças é um verbo de encher(mas sabe algo do seu pelouro), ou nada percebe de Finanças. Qualquer dos cenários é mau, porque se é competente... a sua competência foi mandada às malvas pelo 1º; se nada percebe desse sector, nada está lá a fazer. Em que ficamos? Ficamos no zig ou no zag?
2 - Registou o 1º Ministro aquilo que sabíamos:"Há muita pobreza em Portugal". Porém, de seguida, afirmou que "sei perfeitamente para onde vou" e "não liguem ao ruído de fundo". Fiquei estarrecido. Acena-se com o bacalhau a pataco(que bacalhau? e quanto custa o pataco?) à custa do silenciamento das vozes incómodas.
3 - Julguei que o nosso 1º ia pedir desculpa aos portugueses por se sentar numa cimeira, dita com Espanha, mas onde também tinham assento as regiões autónomas espanholas! Já somos, ao nível governamental considerados como tal? Esqueceu-se que representava Portugal, Dr. Santana Lopes? Ou só quiz ficar na fotografia para amanhã a poder mostrar aos netos? Já que não ficou naquela das Lajes... Compreendo-o!
4 - Ao perorar(o verbo é do seu amigo Gomes da Silva, lembra-se?) "...porque há vida depois do deficit" é atitude saloia dispensável. Tentar com a frase assassina amarrar o Presidente(não que ele não o mereça) ao desastre da governação e dar-lhe uma chapelada dessas não é de bom tom. Mas pode ser que o PR se pique, vamos ver!
5 - Entre a obra feita, refere V. Exa. o ter resolvido o caso do incêndio da refinaria de Leça. Olhe o que temos que agradecer por se ter desencadeado aquele incêndio! Até estou com uma dúvida: não sei quem brilhou mais, se o incêndio, se V. Exa e o seu governo com o incêndio que se lhe seguiu... Vou dormir com ela(a dúvida) e amanhã digo, tá bem?
6 - Candidamente afirma que não foi este governo que criou os oligopólios da comunicação social nas mãos do Estado. Desculpar-me-á o tom de voz, mas USA-O delgada e despudoradamente!
7 - Antes de acabar, queria dar-lhe os parabéns pelo uso do contraditório na sua dissertação. Estava o Sr. do lado de lá naquela pose, encafuado na cadeira, com aquele quadro bonito atrás(o que era aquilo?), e nós do lado de cá, primeiro sem percebermos o que queria dizer, depois, quando compreendemos, rimo-nos a bom rir. Não lhe conhecia a veia, Dr.!
8 - Para rematar, V. Exa. disse que "vivemos em liberdade", o que é verdade... por enquanto! Faço-lhe notar que não lhe devemos a nossa liberdade, quer pelo seu passado, quer pelo seu presente... Todavia queria lembrar-lhe um facto: o senhor foi escolhido, cooptado, não foi eleito. Nessa medida et pour cause, deixe-se de paternalismos, que nem aos eleitos devem ser permitidos.
Passe bem.
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