15.4.13

Ao correr da pena... XV

Soares disse, e bem, que por muito menos D. Carlos tinha sido assassinado.
Esta frase tem o condão de condensar um sentir geral, que as pessoas não ousam tornar públicas ( e não digo que é um sentir unânime, pois sei que há pessoas mal formadas e outras tantas estúpidas o suficiente para continuarem a terem medo de uma efectiva mudança).
Ora, quem, com as suas iníquas e calculadas medidas, anula  as aspirações de educação dos filhos dos pobres, quem propicia uma morte mais rápida a doentes desprotegidos, quem ignora o sofrimento dos desempregados e os conduz ao desespero, quem tudo isto faz com o sentimento do cumprimento de uma (desgraçada) missão, só merece que lhe surja numa esquina qualquer um Buíça ou um Alfredo Costa prontos a fazerem justiça pelas suas próprias mãos, dada a impotência com que assistimos ao desmantelamente pré ordenado de um país e das suas gentes. 
Eu não serei um Coelhicida, mas não verterei uma lágrima se isso acontecer...

4 comentários:

Naná disse...

Confesso que estou espantada com a capacidade masoquista deste povo em aguentar, com a capacidade de se resignar e por ainda ninguém ter perdido a calma para além do irremediável...

Fatyly disse...

O que Soares diz ou escreve jamais será valorizado por mim, porque muitos têm a memória curta mas eu jamais!

Quanto ao resto não podia estar mais de acordo!

addiragram disse...

A capacidade de revolta e o fundamento da possibilidade de sobrevivencia.

E impossivel tolerar o intolerável! Da submissao nada pode nascer...Soares, deu voz a importancia da revolta.

addiragram disse...

A capacidade de revolta e o fundamento da possibilidade de sobrevivencia.

E impossivel tolerar o intolerável! Da submissao nada pode nascer...Soares, deu voz a importancia da revolta.